sábado, 27 de julho de 2013

Funcionário de funerária se choca ao receber família com joelho amputado




Funcionário de uma funerária em Poá, Davi Adelino de Almeida levou um grande susto na quinta-feira (19) ao receber a visita de uma família que pedia o sepultamento do joelho amputado de um parente. “Eles vieram aqui com o joelho numa caixa e eu fiquei chocado. Isso não existe, o hospital jamais poderia ter liberado o membro para a família, isso é sempre tratado direto conosco. A gente vê de tudo nessa vida”, conta. Os parentes do paciente José Evangelista dos Santos, que teve o joelho amputado na Santa Casa de Suzano, conseguiram sepultar o membro na quinta-feira (18) após receber o joelho no hospital no dia anterior.

Para a esposa do paciente, Lindalva Batista dos Santos, o sepultamento foi um alívio. "Graças a Deus eu consegui enterrar esse joelho. O hospital errou e espero que isso não aconteça com outra pessoa. Nós não sabíamos mais onde colocávamos esse joelho", diz. O joelho de Santos foi retirado durante uma cirurgia na terça-feira (16) por causa de uma inflamação no osso. No mês de junho, ele já havia passado por cirurgia para retirar a parte inferior da mesma perna por causa da doença.

De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), "um órgão amputado somente deve ser repassado ao paciente ou aos familiares caso esses tenham requisitado o membro. Caso contrário, compete ao Serviço de Saúde o descarte desse membro". Segundo a Agência, um relatório cirúrgico deve ser elaborado, assinado pelo médico responsável pela amputação, para fins de sepultamento.

O G1 também entrou em contato com a Secretaria Estadual de Saúde e aguarda um posicionamento sobre quem paga as taxas para enterro de membros em hospitais públicos: se a família ou a unidade.

Na Santa Casa de Mogi das Cruzes, segundo a diretoria, o médico que fez a cirurgia assina um documento, que é encaminhado diretamente à funerária, responsável pelo sepultamento. A família não é envolvida em nenhuma parte do processo e nem precisar pagar taxas.

De acordo com Almeida, funcionário da funerária, apenas uma autorização de amputação foi apresentada pela família, mas ele diz que em caso de membro é normal isso ocorrer. "Nós precisamos de atestado apenas se for um feto ou uma pessoa que morreu mesmo", diz. Almeida ainda explicou que a diferença é que geralmente a família leva o documento e a funerária busca o membro diretamente no hospital.

O chefe de serviços funerários de Poá, Rodrigo Abeltino, explicou, porém, que o procedimento para membros amputados é o mesmo para o de um corpo. O membro é entregue para a funerária, que dá entrada na administração do cemitério e é cobrada a taxa de sepultamento. É preciso que seja apresentado um documento assinado pelo médico para que o sepultamento seja autorizado.
Contudo, no caso do joelho de José Evangelista, apenas a autorização de amputação foi suficiente para que ele fosse enterrado. Sobre isto, a Prefeitura alega que “o enterro do membro foi feito com base na liberação e documentação feita pela funerária."

Custos
“Normalmente nós usamos urnas infantis, mas como o joelho já estava em uma caixa não precisamos usar”, comenta Davi. Com isto a família evitou gastar cerca de R$ 150 para a aquisição da urna. “Em momento nenhum o hospital entrou em contato conosco. Eu abri a caixa, o joelho é pequeno, o próprio hospital teria condições de se desfazer”.

Funcionários da funerária levaram o membro amputado para o Cemitério Municipal da Paz, na mesma cidade. Ali, como a família também conseguiu a emissão de um atestado de isenção de taxa emitido por assistentes sociais, devido à baixa renda, não precisaram pagar a taxa de sepultamento, que é de R$ 51. Segundo a administração do cemitério, membros amputados são sepultados na ala infantil.

A Santa Casa de Suzano informou nesta sexta-feira (19) que quando o paciente sofreu a primeira amputação a família foi orientada e recebeu a documentação necessária para dar andamento aos procedimentos e a funerária retirou o membro na unidade. Já na segunda cirurgia, segundo o hospital, "os familiares receberam a mesma orientação, no entanto compareceu à unidade o filho do paciente que recebendo as devidas orientações, manifestou que ele mesmo iria levar o membro amputado até a funerária para dar prosseguimento ao sepultamento. Em momento nenhum o filho do paciente ou qualquer membro da família recebeu orientação para levar o membro para casa, uma vez que todos já haviam passado pela mesma situação um mês antes."

Procedimento correto
De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) , "os resíduos dos serviços de saúde devem ser gerenciados conforme os procedimentos estabelecidos pela Resolução da Diretoria Colegiada – RDC Anvisa n. 306/2004, assim como pela Resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente, n. 358/2005". A agência ainda informou que em caso de membro amputado, após o registro no local de geração, deve ser encaminhado para sepultamento em cemitério ou para tratamento térmico por incineração ou cremação, em equipamento devidamente licenciado.

Entenda o caso
O joelho de José Evangelista dos Santos foi retirado durante uma cirurgia na Santa Casa de Suzano na terça-feira (16) por causa de uma inflamação no osso. Segundo a família, o membro foi entregue sem nenhuma explicação por uma enfermeira na quarta-feira.

“Eles ligaram na quarta-feira (17), pedindo para irmos à Santa Casa. O meu filho foi até lá e chegou em casa com o joelho na caixa. Ele disse que uma funcionária pediu para ele assinar um papel, mas não disse o motivo. Depois entregou a caixa para ele”, contou Lindalva.

O filho, Wellington dos Santos explicou que o papel que ele assinou era uma autorização de amputação. "Assinei este documento e ela me entregou a caixa", detalhou.
Lindalva também disse que ainda que ligou no 190 e o policial ficou espantando com a pergunta. “Eu expliquei a situação e perguntei o que faria com o joelho. O policial disse que eu não devia ficar com ele e disse para eu ligar para o Serviço Móvel de Atendimento de Urgência (Samu) e denunciar o caso para a imprensa.”

De acordo com a família, José Evangelista dos Santos foi atropelado em 2000. Desde então, ele sofre de osteomelite aguda, que é a inflamação aguda dos ossos, em uma das pernas. Lindalva Batista dos Santos contou que em 12 de junho de 2013 ele amputou a perna na Santa Casa de Suzano. “Os médicos preservaram o joelho para ele usar uma prótese, mas no dia 24 de junho ele foi internado com a doença no joelho também”. Então, no dia 16 de julho, foi feita no hospital a amputação do joelho.

As duas cirurgias foram feitas na unidade 2 da Santa Casa, segundo a família, mas o paciente está internado na unidade 1, para onde voltou depois de cada operação. Ela destacou que na primeira amputação o procedimento foi outro. “Eles nos deram um papel para levarmos até a funerária que depois foi buscar a perna na Santa Casa e, então, fizemos o sepultamento.”


Data de Publicação:  19/7/2013    Fonte: do G1 Mogi da Cruzes e Suzano

quarta-feira, 17 de julho de 2013

Capacitação Profissional e Ética de Agentes Funerários



Data :01/08/13 a 02/08/13 de 08:00hs as 18:00hsVagas Limitadas : 30 alunos
Palestrante: Luis Quijada
Local do Curso: Laidom Artigos Funerários -R. Albino Silva, 54 São Francisco Curitiba PR
Conteúdo:
•O segmento funerário
•CBO do agente funerário
•Missão e valores
•Análise transacional – conhecendo a personalidade humana
•Etapas do cerimonial
•Ética e postura
•Atendimento e negociação
•Qualidade dos serviços
•Imprevistos da função

Investimento incluindo certificado: R$500,00

Forma de Pagamento: 3 parcelas iguais - sendo a primeira através de depósito bancário e as demais no cartão de credito ou cheque.

A confirmação da inscrição será feita mediante comprovante de deposito da entrada
Maiores informações: Tel.: (041) 3296-1275 /(041) 33448302
E-mail: vendas@laidom.com.br
A Parte que Nos Cabe

Certa vez ouvimos uma fábula que nos fez refletir acerca dos ensinamentos que continha.

Tratava-se de um incêndio devastador que se abatera sobre a floresta.

Enquanto as labaredas transformavam tudo em cinzas, os animais corriam na tentativa de salvar a própria pele.

Dentre os muitos animais, havia uma pequena andorinha que resolveu fazer algo para conter o fogo.

Sobrevoou o local e descobriu, não muito longe, um grande lago. Sem demora, começou a empreitada para salvar a floresta.

Agindo rápido, voou até o lago, mergulhou as penas na água e sobrevoou a floresta em chamas, sacudindo-se para que as gotas caíssem, repetindo o gesto inúmeras vezes.

Embora não tivesse tempo para conversa fiada, percebeu que uma hiena a olhava e debochava da sua atitude.

Deteve-se um instante para descansar as asas, quando a hiena se aproximou e falou com cinismo:

Você é muito tola mesmo, pequena ave! Acha que vai deter o fogo com essas minúsculas gotas de água que lança sobre as chamas? Isso não produzirá efeito algum, a não ser o seu esgotamento.

A andorinha, que realmente desejava fazer algo positivo, respondeu: Eu sei que não conseguirei apagar o fogo sozinha, mas estou fazendo tudo o que está ao meu alcance.

E, se cada um de nós, moradores da floresta, fizesse uma pequena parte, em breve conseguiríamos apagar as labaredas que a consomem.

A hiena, no entanto, fingiu que não entendeu, afastou-se do fogo que já estava bem próximo, e continuou rindo da andorinha.

Assim acontece com muitos de nós, quando se trata de modificar algo que nos parece de enormes proporções.

Às vezes, imitando a hiena, costumamos criticar aqueles que, como a andorinha, estão fazendo sua parte, ainda que pequena.

É comum ouvirmos pessoas que reclamam da situação e continuam de braços cruzados.

De certa forma, é cômodo reclamar das coisas sem envolver-se com a solução.

No entanto, para que haja mudanças de profundidade, é preciso que cada um faça a parte que lhe cabe para o bem geral.

Reclamamos da desorganização, da burocracia, da corrupção, da falta de educação, da injustiça, esquecendo-nos de que a situação exterior reflete a nossa situação interior.

Não há possibilidade de fazer uma sociedade organizada, honesta e justa se não houver homens organizados, honestos e justos.

Em resumo, para moralizar a sociedade, é preciso moralizar o indivíduo, que somos cada um de nós, componentes da sociedade.

Se fizermos a nossa parte, sem darmos ouvidos às hienas que tentarão desanimar a nossa disposição, em breve tempo teremos uma sociedade melhorada e mais feliz.

Comentário:

Em que sentido se devem entender estas palavras do Cristo: Meu reino não é deste mundo?

Poderá jamais implantar-se na Terra o reinado do bem?

Se você deseja saber as respostas destas duas perguntas, leia O livro dos espíritos, de Allan Kardec.

O Espírito São Luís responde a estas e a outras tantas perguntas propostas pelo Codificador.


Fonte: Momento Espírita

Técnicas de Venda e Negociação no Atendimento Funerário



Data 1o turma: 29/07/13 de 08:00hs as 18:00hsData 2o turma: 30/07/13 de 08:00hs as 18:00hsVagas Limitadas : 30 alunos
Palestrante: Luis Quijada
Local do Curso: Laidom Artigos Funerários -R. Albino Silva, 54 São Francisco Curitiba PR
Conteúdo:
•O que é o atendimento funerário
•Como lidar com a situação
•Análise transacional – conhecendo a personalidade humana
•Postura no atendimento e no mostruário de urnas
•Arrumação do mostruário de urnas
•Vendas de serviços funerários, urna, tanatopraxia, coroas, etc.
•Como lidar com familiares e terceiros durante o atendimento
•Ambiente e situações inesperadas

Investimento incluindo certificado: R$500,00

Forma de Pagamento: 3 parcelas iguais - sendo a primeira através de depósito bancário e as demais no cartão de credito ou cheque.

A confirmação da inscrição será feita mediante comprovante de deposito da entrada
Maiores informações: Tel.: (041) 3296-1275 /(041) 33448302
E-mail: vendas@laidom.com.br


Viver Fugindo da Dor? É Possível Viver com a Dor da Perda?


Na contemporaneidade a morte tornou-se um produto a ser disfarçado (a morte é companheira de tudo que a cultura nos instrui a evitar: doença, dor, perda, velhice), e muito rapidamente buscamos nos despedir de quem morre e nos afastamos da família enlutada. O nome do jovem morto entra no limbo, quem ousaria citar seu nome e relembrar aos pais do ocorrido? Cria-se uma espécie de pacto do silêncio, os enlutados precisarão fingir que estão bem e os demais, sem muita clareza, supõem que todos estão levando a vida da melhor forma, a caminho da recuperação. Nem sempre é assim.

A maioria dos que “escolherem” fingir que a dor não se faz presente, para si e para os outros, vive como se fosse presa de um caçador implacável. Se não chorar não é o que se espera de mim, soltarei meu pranto em doses homeopáticas na hora do chuveiro. Arranjo desculpas para não frequentar ambientes sociais festivos, digo que já tenho outro compromisso, até que um dia desistam de me convidar. O álcool ou os tranquilizantes podem se tornar substância de abuso. Filmes tristes, livros, noticiários, novelas e conversas, qualquer dessas coisas pode evocar lembranças e emoções difíceis. Na verdade, não há como fugir da dor. E nem se deve.

Fazer o que, então? Entregar-se ao desespero? Deixar-se morrer devagar? Forçar o enlutado a viver, sabe-se Deus como? Primeiro aspecto a se considerar: a maioria dos processos de luto chega a uma resolução saudável num período entre seis meses e um ano. Carinho, comunicação aberta, tolerância ao sofrimento alheio, incentivo suave para se retomar gradualmente a vida (inserindo a morte neste panorama, e honrando a estrada que os pais trilharam junto com o filho que partiu) são recursos suficientes para auxiliar algumas famílias.

No entanto, outros pais precisarão de cuidados intensivos, mais específicos. Afinal, no ranking dos eventos estressores, capazes de abalar seriamente um ser humano, a morte de ente querido ocupa lugar de destaque. E estressores dessa magnitude favorecem que problemas de saúde surjam, ou se agravem. Por exemplo, embora tristeza seja normal, a situação de luto não elaborado pode evoluir para depressão. E por ser uma condição clínica, é tratável por meio de psico e fármacoterapia.

Nenhum tratamento afasta a dor da perda, mas facilita ao indivíduo a lutar pela sua recuperação. Que luta é essa? Pessoas, quando bem sucedidas no exercício de suas funções parentais, são pessoas amorosas, que se dispõem a cultivar naquela semente de vida (que escolheram gerar ou adotar), o potencial da dignidade, honradez, sabedoria, bondade, grandeza nos atos e nas intenções. Filhos aprendem por exemplos, daí a importância dos pais serem consistentes, coerentes em suas palavras e ações. Quando o filho se vai, talvez seja hora de continuar celebrando os valores nobres que procuramos incutir em nossos filhos. Em memória da criança ou jovem morto, vamos viver plenamente, abrindo espaço para toda oportunidade de alegria e dor.

Um sentimento não anula o outro, afinal a vida é um mix de sentimentos, desejos, realizações e anseios. Se nosso filho estivesse vivo e nos procurasse em busca de conforto na adversidade, o que diríamos a ele, do fundo de nosso coração? “Filho querido, calma. A vida tem dessas coisas, mas lá na frente a luz vai voltar. Não desista, busque outros caminhos, olhe o que de bom você já conquistou, conte comigo”. Se essas palavras teriam sido ditas fundamentadas numa convicção pessoal firme, é hora do pai enlutado dizer algo similar a si próprio: “Meu coração dói demais agora, mas eu sei que lá na frente haverá algum mel nos meus lábios, luz nos meus olhos, esperança no coração. Resta-me descobrir como. Darei uma chance à vida, homenagearei meu filho permanecendo na luta em meio a esse mundo tão estranho e complexo no qual construí uma família”.


Fonte: Uol - Vya Estelar - por Regina Wielenska

Como Lidar com Problemas e Perdas inevitáveis Frente à Vida


"Na vida, o único caminho é para frente. E nestes momentos, é preciso muita força, coragem e apoio" São duas as missões existenciais prioritárias: autoconhecimento e aceitação. Delas dependem não somente as nossas chances de felicidade, passando pela elevação do nosso nível de consciência, mas também as nossas chances de contribuirmos com a felicidade das outras pessoas com as quais convivemos.

Relações de causa e efeito afetam todas as áreas da nossa vida, e elas não são simples. Não é que para cada causa haja um efeito e vice-versa. Múltiplas causas podem determinar um único efeito e uma única causa pode implicar em milhares de efeitos.

A vida não é tão simples como as equações de Física que aprendemos para o vestibular. Na vida, todas as coisas estão ocorrendo ao mesmo tempo e não podemos desconsiderar o efeito de todas as forças atuantes para “simplificar o cálculo”. Afetamos a tudo e por tudo somos, de alguma forma, afetados.

Diante dos desafios de autoconhecimento e aceitação, o mais difícil envolve enfrentar o inevitável.

Há decisões inevitáveis, atitudes inevitáveis, problemas inevitáveis e perdas inevitáveis.

Sem que haja redundância, é preciso lembrar que algumas coisas são inevitáveis porque não podemos evitá-las, ou seja, nossos esforços não podem mudá-las, não temos nenhum controle sobre elas.

Por isso, o conhecimento da prece da serenidade é de tamanha importância. Sua origem é atribuída ao teólogo Reinhold Niebuhr (1892 – 1971) e enunciava:
“Senhor, concedei-nos a serenidade necessária para aceitar as coisas que não podemos modificar; a coragem para modificar aquelas que podemos; e a sabedoria para distinguirmos umas das outras.”

Há coisas sobre as quais temos controle (podemos agir diretamente), outras sobre as quais temos influência (podemos agir indiretamente) e outras sobre as quais não temos nem controle, nem influência: para com estas é necessário exercer a aceitação.

A aceitação é um estado de resignação interior frente ao inevitável, e só será plena quando excluirmos de dentro de nós qualquer possibilidade de revolta.

Diante de situações inevitáveis, talvez seja impossível evitar a tristeza, mas é possível evitar a mágoa. Talvez não possamos evitar a indignação, mas podemos evitar o ódio e o revide.

A prece da serenidade nos convida à ação consciente e aceitação consciente, compreendendo que nos casos em não podemos mudar as circunstâncias da vida, ainda assim, podemos mudar nossa maneira de reagir a elas.

A dor de perdas tão tristes como estas dos acidentes aéreos que temos presenciado é inevitável. A todos nós, nestas situações, resta a aceitação e a resignação, duas forças gigantes da alma.

Na vida, o único caminho é para frente. E nestes momentos, é preciso muita força, coragem e apoio.

Diante do inevitável, se você crê em Deus, não atribua a Ele a responsabilidade pelo ocorrido. A responsabilidade é sempre da humanidade. Nós colocamos em ação a lei de causa e efeito muitas vezes sem compreender de onde vêm as causas e, tantas outras, sem saber quais serão os efeitos. Seres humanos também erram por irresponsabilidade e negligência.

Se você crê em Deus, não abale sua fé diante do inevitável enfrentamento dos fatos sobre os quais não tem nenhum controle ou influência. Busque forças para não focar indefinidamente nas perdas. Agradeça pelo tempo e oportunidade que lhe foram concedidas antes da separação. Não foque os momentos que não terá mais, preencha a memória, tanto quanto possível, de gratidão pelos momentos vividos.

A morte é inevitável e sempre traz uma “desculpa” (o modo pelo qual a vida se encerra). As razões por trás desta despedida dependem de uma extensa rede de relacionamentos e interrelacionamentos, de causas e efeitos colocados em movimento. A nós, resta o desafio de buscar o autoconhecimento para chegarmos ao nível de consciência necessário para a aceitação e resignação diante daquilo que não podemos evitar.

Se você não crê em Deus, igualmente não se torne amargo pelo confronto com as situações inexoráveis da condição humana; aceite e siga, ainda há muito por fazer, descobrir e compreender.

O autoconhecimento e a aceitação são duas missões existenciais prioritárias que cada um de nós, independentemente de suas crenças e valores, precisa realizar, progressivamente, para encontrar o equilíbrio na vida.

Que a nossa humildade e capacidade de amar nos direcionem sempre rumo ao autoconhecimento e a aceitação necessária ao desafio de viver e encontrar momentos e situações inevitáveis pelo caminho. A tarefa está longe de ser fácil, mas é, também, inevitável.

Escolha ser forte e adquira condições de reagir com paz e resignação em todas as situações da vida, afinal esta é a única maneira de seguir pelo único caminho que possuímos: para frente.

Siga!


Fonte: Por Carlos Hilsdor

quinta-feira, 11 de julho de 2013

ESTUDO COMPARATIVO ENTRE ENCÉFALOS DE BOVINOS SUBMETIDOS A DUAS TÉCNICAS DE CONSERVAÇÃO: FORMOLIZAÇÃO E GLICERINAÇÃO



NASCIMENTO, Eduardo Michelon do
Acadêmico do Curso de Medicina Veterinária da UFPR/Campus Palotina – PR
eduardo.michelon@ufpr.br
PESSOA, Lindomar Fernandes
Acadêmico do Curso de Medicina Veterinária da UFPR/Campus Palotina – PR
FAVARETTO, Luísa
Acadêmico do Curso de Medicina Veterinária da UFPR/Campus Palotina – PR
FILADELPHO, André Luiz
Docente do Curso de Medicina Veterinária da UFPR/Campus Palotina – PR
BIRCK, Arlei José
Docente do Curso de Medicina Veterinária da UFPR/Campus Palotina – PR
BARCELOS, Rodrigo Patera
Biólogo do Laboratório de Anatomia Veterinária da UFPR/Campus Palotina – PR
GRUCHOUSKEY, Leonardo
Anatomia Patológica e Laboratório Clínico da UFPR/Campus Palotina – PR

RESUMO
O objetivo deste trabalho consiste na descrição e aplicação da técnica de glicerinação em encéfalos bovinos, afim de que os mesmos mantenham-se com o aspecto de peças “in vivo” conferindo-lhes maior poder de durabilidade e maleabilidade, diminuindo assim, o aparecimento de fungos e outros microorganismos que levam a deterioração das peças, o qual se torna suscetível quando empregado apenas a técnica de formolização. Tem como intuito também, facilitar o estudo prático da anatomia mantendo a peça conservada semelhante à peça original, evidenciando estruturas de difícil visualização antes raramente vistas pelo método de formolização.

INTRODUÇÃO
A conservação de peças anatômicas remonta os povos da antiguidade, que buscavam de forma detalhada e pacienciosa o estudo do corpo de homens e animais, suas demais vísceras, preservando-as por longos períodos sem que as mesmas se deteriorassem.
Hoje, a preocupação em se manter as peças intactas está diretamente ligada às universidades que se utilizam desses métodos para a difusão do ensino, ajudando no aprendizado dos alunos. Vários métodos podem ser aplicados para a conservação e fixação de cadáveres, entre eles, o mais difundido é o de conservação pelo formaldeído, por possuir uma alta penetração nos tecidos. Segundo Leite (1979), os métodos de
conservação para os diferentes tecidos animais podem ser classificados em duas grandes categorias: os que mantêm a vitalidade celular e os que não mantêm, e a glicerina encaixa-se na primeira.
Visto que, em peças formolizadas, desenvolve-se uma alta quantidade de fungos em sua superfície e que estes causam sérias irritações nas mucosas do trato respiratório e pele de quem as manuseia, começou-se a optar pelo método da glicerinação ou técnica de Giacomini, onde a glicerina é capaz de desidratar e ao mesmo tempo manter a integridade celular.
A glicerina apresenta como vantagem o baixo custo, além de reduzir a antigenicidade, preservar a textura do tecido e aumentar a resistência à tração sem alterar o grau de elasticidade (PIGOSSI, 1967).
De acordo com MONTEIRO (1960), a glicerinação ou técnica de Giacomini permite uma melhor preservação com as vantagens de peças anatômicas mais leves; esteticamente melhores; conservação média das peças semelhantes a da formalização; baixo custo e facilidade no manuseio das mesmas (SILVA et al., 2008).
No ano de 1995 a Agência Internacional de Pesquisa em Câncer classificou o Formaldeído como cancerígeno. Neste contexto, procurando outros métodos alternativos para a fixação e conservação de cadáveres e peças anatômicas, a glicerinação, solução de cloreto de sódio, solução de Larssen, entre outras, acabam se tornando novas alternativas eficazes e menos agressivas para a substituição do uso de
formaldeído, sabidamente prejudicial à saúde. (VERONEZ et al., 2009).
Após se obter a desidratação do material biológico pelo método da glicerinação, observa-se que não se altera a concentração iônica das células, o que mantém a integridade celular, reduzindo assim, a antigenicidade dos tecidos conservados (PIGOSSI, 1964). Contudo é importante ressaltar que para a realização da técnica de glicerinação não se abandona totalmente o uso do Formol, pois em uma das etapas da glicerinação, o uso do mesmo se faz necessário para a prefixação do material a ser utilizado.

MATERIAL E MÉTODOS
O material utilizado foi composto por 20 cabeças de bovinos sem raça definida (SRD), oriundas de abatedouro comercial do município de Palotina – PR entre os meses de março a maio de 2011.
Mediante a chegada das cabeças ao Laboratório de Anatomia, as mesmas foram lavadas e dissecadas para que se desse início a abertura do crânio para a retirada do encéfalo. Após a extração, os encéfalos foram fixados em solução aquosa de formol a 10% durante 3 meses, em seguida foram dissecados para a retirada de coágulos e vasos sanguíneos. Após este processo, 10 encéfalos foram mantidos na solução de formol a
10% para posterior análise comparativa e os outros 10 foram submetidos ao método de glicerinação, composto por tres fase: (1) Desidratação I (2) Desidratação II e (3) Glicerinação, com duração de aproximadamente 45 dias.
Para o processo de glicerinação, os encéfalos são retirados da solução de formaldeído, lavados em água corrente e escorridos com no mínimo 24 horas de antecedencia antes de passarem pela etapa inicial do processo que compreende a fase de desidratação I, onde as peças são submersas em solução contendo sal de cozinha na proporção de 1 kg de sal para 10 litros de água por 15 a 20 dias. O sal de cozinha, retira
parte da água presente no interior do tecido, e por ser um conservante, impede o surgimento de bactérias que levam a deterioração das peças.
Ao término da fase de desidratação I, os encéfalos foram novamente submetidos ao processo de escorrimento e secagem antes de darem início à etapa de desidratação II, onde o material permanece pelo mesmo período de tempo em solução de álcool 70%  com o mesmo propósito da desidratação I
Na última etapa do processo, as peças foram mergulhadas em glicerina líquida e após 15 dias, os encéfalos resultantes desta técnica foram fotodocumentados e comparados aos que permaneceram na solução de formaldeído.

RESULTADOS
Nos 10 encéfalos submetidos ao processo de glicerinação, verificamos que estes, ao serem comparados aos que permaneceram na solução de formaldeído, se mostraram mais fáceis de serem manuseados, apresentando menor intensidade de odor, menor peso e menor risco à saúde humana.
A técnica facilitou o estudo prático da anatomia por conferir as peças glicerinadas excelente resultado estético e morfológico, proporcionando aos alunos maior clareza do material e fácil identificação de determinadas estruturas presentes na literatura. A seguir, as fotos do material em sua forma natural , após 3 meses em solução de formaldeído 10% e após o processo de glicerinação.
Figura 1. Foto do encéfalo “in vivo” antes da formolização.

Comparando os encéfalos provenientes da técnica de glicerinação com os que permaneceram na solução de formaldeído a 10%, concordamos com o que Monteiro (1960) fala sobre os benefícios da técnica de Giacomini e verificamos que após se obter a desidratação do material biológico pelo processo de glicerinação, a concentração iônica das células não se altera, o que mantém a integridade celular, reduzindo assim, a antigenicidade dos tecidos conservados corroborando também com o resultado obtido
por PIGOSSI (1964).
A utilização de produtos menos agressivos ao meio ambiente (diminuição e eliminação de vapores prejudiciais à natureza) e aos manipuladores, vem sendo recomendada pelos órgãos de saúde devido à inalação de produtos como o formaldeído, utilizado na preservação de peças e que ao atingir níveis acima de 10 ppm (partes por milhão) acarreta tosse, irritação do trato respiratório, dispnéia e espasmo da laringe.
Exposições graves acima de 20 ppm podem causar bronquite asmática, edema pulmonar e pneumonia. Em casos severos acima de 50 ppm, ocasiona apatia, perda da consciência e óbito.
Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA, 2009) um fator preocupante são as propriedades mutagênicas e carcinogênicas do formaldeído. Sob esta perspectiva, MONTICELLO et al. (1989), estudando lesões no trato respiratório em macacos Rhesus após a exposição em formaldeído identificaram degeneração precoce e leve metaplasia escamosa presente no epitélio das fossas nasais, epitélio traqueal e brônquios principais.
Os animais expostos ao ambiente de 6 ppm com formaldeído, apresentaram proliferação celular dezoito vezes maior que o grupo dos animais expostos ao ar ambiente.
HAYASAKA et al. (2001), relataram que o contato entre o formaldeído e os olhos causa danos à retina e ao nervo óptico. Os riscos relatados por WOOD E COLEMAN (1995) do formaldeído em contato com a pele incluem irritação e ressecamento da mesma, aparecimento de fissuras, vermelhidão, alteração na tonalidade das unhas, dermatite por contato e necrose da epiderme que pode se agravar com a
transpiração e o calor. COSTA et al. (2008), relataram efeitos genotóxicos em  trabalhadores expostos ao formaldeído nos laboratórios de Anatomia Patológica.
Sob esta perspectiva, não podemos desconsiderar o que afirma VERONEZ et al. (2009) sob a substituição do formaldeído por outros métodos alternativos para a fixação e conservação de cadáveres e peças anatômicas.
CONCLUSÕES
Conclui-se, portanto, que a glicerina é um ótimo substituto para o formaldeído na conservação de peças anatômicas, por conferir resultados estéticos e morfológicos melhores e, por ser um processo eficiente e menos tóxico, facilitando o manuseio de peças anatômicas por professores e alunos.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
COSTA, S.; COELHO, P.; COSTA, C.; SILVA, S.; MAYAN, O.; SANTOS, L.S.;
GASPAR, J.; TEIXEIRA, J.P. Genotoxic damage in pathology anatomy laboratory
workers exposed to formaldehyde. Toxicology.Amsterdam, v.252, p.40-48, 2008.
HAYASAKA, Y.; HAYASAKA, S.; NAGAK, Y. ocular changes alter intravitreal
injection of methanol, formaldehyde or formate in rabbits. Pharmacol Toxicol.
Copenhagen, v.89, n.2, p. 74-78, 2001
INSTITUTO NACIONAL DO CÂNCER (INCA). Formol ou Formoaldeído: banco de
dados. Disponível em: <http://www.inca.gov.br >. Acesso em 12 de março de 2012.
LEITE, J.B.F. et al. A glicerina e a preservação dos tecidos. Revista Paulista de
medicina, v.93,p-81-84, 1979.
MONTEIRO, A. U. Montagem de Parasitas, Artrópodes e Peças Anatômicas em
Meio Sólido. Rev. Inst. Meã. trov. São Paulo, 1960. Disponível em
<http://www.imt.usp.br/revista. Acesso em 12 de março de 2012.REVISTA CIENTÍFICA ELETRÔNICA DE MEDICINA VETERINÁRIA – ISSN: 1679-7353
Ano X – Número 19 – Julho de 2012 – Periódicos Semestral
Revista Científica Eletrônica de Medicina Veterinária é uma publicação semestral da Faculdade de Medicina
veterinária e Zootecnia de Garça – FAMED/FAEF e Editora FAEF, mantidas pela Associação Cultural e Educacional de
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DF aprova lei que dá auxílio-funeral a doador de órgãos



da Folha de S.Paulo, em Brasília


Uma lei que isenta do pagamento de despesas com funeral aqueles que doarem órgãos no Distrito Federal passa a vigorar hoje em meio a polêmica e a duas ações do Ministério Público local que contestam a iniciativa da Câmara Distrital.
De autoria do deputado Cristiano Araújo (PTB) e com apoio da secretária de Desenvolvimento Social e Trabalho, Eliana Pedrosa, a lei prevê auxílio-funeral como forma de incentivar doações.
Hoje, 1.859 pessoas aguardam na fila por um transplante no Distrito Federal.
A falta de incentivo e de informação, segundo Araújo, é responsável pelo baixo número de doadores.
Conforme dados da Secretaria de Saúde do Distrito Federal, em 2007 ocorreram apenas 17 doações de órgãos, sendo que 143 pessoas perderam a vida por morte encefálica.
Como ainda é preciso regulamentar a lei e definir o valor do auxílio, não há prazo para que passe a ser aplicada, até porque o tema vem causando divergências dentro do governo.
O governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (DEM), vetou a lei sob o argumento de que os deputados não podem aprovar matérias que impliquem aumento de gastos.
A Câmara derrubou o veto e, sem a promulgação pelo governo, publicou a lei.
Para a coordenadora de transplantes da Secretaria de Saúde, Daniela Salomão, nenhuma campanha de incentivo pode prever vantagem financeira. "Isso contraria o princípio básico que é o de doar, e não negociar órgãos", afirmou.
O governo disponibiliza auxílio-funeral a famílias que têm renda mensal de até R$ 120.
Pelo auxílio-funeral, o governo repassa R$ 1.500, mesmo valor que, segundo Pedrosa, deverá ser pago aos familiares caso a lei seja regulamentada.
Cidilene Santana, 45, e Irineu Barbosa, 37, moradores de Samambaia, cidade-satélite de Brasília, disseram concordar com a lei. Ambos são doadores. "Tem pouca gente disposta a ajudar. Acho certo aliar um ato generoso a um velório e enterro dignos", afirmou Barbosa.
O promotor de Justiça Diaulas Ribeiro vai apresentar duas ações de impugnação da lei: por elevar os gastos do Executivo e por prever benefício financeiro em troca da doação.
"A Câmara foi bem intencionada, mas em vez de dinheiro, os deputados poderiam incentivar de outras maneiras", diz.
O presidente da Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos, Valter Garcia, disse que a lei é inócua e que essa não é a melhor forma de sensibilizar as pessoas.
Em Mato Grosso, uma lei semelhante à do Distrito Federal está em vigor desde 2006.
Segundo a coordenadora da central de doações daquele Estado, Fátima Melo, o auxílio-funeral é oferecido às famílias somente após concordarem com a doação. Ela afirmou que houve crescimento no número de doações de órgãos.

Auxílio Funeral - GOVERNO DO PARÁ


AUXÍLIO FUNERAL
Fundamentação Legal: Art. 160, II, b da Lei nº 5.810/94.

O que é?
É um benefício assistencial concedido preferencialmente ao cônjuge, companheiro ou dependente do servidor, por ocasião do seu falecimento, sem que haja a necessidade de comprovação das despesas com o sepultamento.
Se ausentes os beneficiários preferenciais, o auxílio-funeral será devido à pessoa que comprovar a realização das despesas com o sepultamento do servidor falecido. Nesse caso a comprovação é obrigatória.

Quem são considerados como dependentes?
São considerados como dependentes do servidor falecido: o filho de qualquer condição, desde que não emancipado, menor de 18 anos; filho maior inválido, solteiro e desde que a invalidez anteceda o fato gerador da concessão da vantagem e não perceba benefício previdenciário federal, estadual ou municipal como segurado; os pais, desde que não percebam renda própria superior a dois salário mínimos; o enteado, menor de 18 anos, desde que comprovadamente esteja sob a dependência econômica do segurado, não seja credor de alimentos e nem receba benefício previdenciário federal, estadual ou municipal; e o menor tutelado, desde que comprovadamente resida com mo segurado e deste dependa economicamente, não sendo ainda credor de alimentos e nem possua renda para o próprio sustento, inclusive de seus genitores ou decorrente da percepção de outro benefício previdenciário pago pelos cofres públicos.

Quem tem direito?
Preferencialmente o cônjuge, companheiro ou dependente do ex-servidor.

Ausentes os beneficiários preferenciais, será devido a terceira pessoa que comprovar ter custeado as despesas com o sepultamento do servidor falecido.
Qual o valor do benefício?
Corresponderá a 02 (dois) meses remuneração/proventos do servidor falecido, com base no último mês trabalhado.

Quais os documentos?
- Requerimento;
- 3 cópias da Certidão de Óbito;
- 1 cópia da carteira de identidade do falecido;
- 1 cópia autenticada do recibo da funerária;
- 1 cópia da carteira de identidade do requerente;
- 1 cópia do CIC do requerente;
- 1 cópia do último contracheque do servidor falecido;
- 1 cópia da Certidão de Casamento.

Onde requerer?
No órgão de lotação do servidor falecido, mediante a apresentação da documentação exigida.

Associação Nacional dos Servidores da Previdência e da Seguridade Social Social

Direitos da Família do Servidor

http://www.anasps.org.br/direitos_da_familia_do_servidor.pdf



Funcionários de cemitério prestam depoimento sobre fraude no Rio

Três funcionários do cemitério São João Batista, em Botafogo, na Zona Sul do Rio, estão sendo ouvidas na Delegacia Fazendária (Delfaz) na tarde desta terça-feira (9) sobre a denúncia de venda ilegal de túmulos em cemitérios administrados pela Santa Casa de Misericórdia. O caso veio a público em uma reportagem do Fantástico no domingo (7).
De acordo com a polícia, a partir desta quarta-feira (10) funcionários de outros cemitérios envolvidos no esquema também devem ser chamados para prestar depoimento, assim como o presidente da entidade Dahas Zarur.
Túmulos lacrados
Agentes da prefeitura lacraram nesta terça-feira vários túmulos construídos irregularmente no Cemitério São Francisco Xavier, no Caju, na Zona Portuária do Rio. De acordo com o secretário da Casa Civil, Pedro Paulo de Carvalho, os "puxadinhos" foram construídos em locais proibidos, como corredores e locais de passagem.
O esquema criminoso revelado pelo Fantástico é operado por funcionários da Santa Casa de Misericórdia, que recebe dinheiro da prefeitura mesmo sem contrato há três anos. No São João Batista, em Botafogo, o metro quadrado de sepulturas eram vendidos a R$ 150 mil.
No início da tarde, funcionários da Santa Casa, no Centro do Rio, fizeram uma manifestação na Rua Santa Luzia. Eles reclamam de salários atrasados, fundo de garantia não depositado em conta e da falta de investimento na unidade.
A Delegacia Fazendária instaurou inqúerito para apurar o crime. O presidente da Santa Casa e todos os funcionários envolvidos serão intimados a depor. Na segunda-feira (8), os policiais fizeram diligências nos cemitérios São João Batista, em Botafogo, no Caju, na Zona Portuária, e na Cacuia, na Ilha do Governador.
Edital de licitação
Com todos os livros do Cemitério São Francisco Xavier recolhidos, os funcionários da Santa Casa ficam encarregados de repassar todas as informações e fazer consultas a pedido dos proprietários de jazigos com a Comissão de Cemitérios, unidade da prefeitura. Segundo o secretário Pedro Paulo, não adianta aplicar mais multas porque a Santa Casa não está honrando seus compromissos.
"Não adianta produzir mil multas porque elas não estão sendo pagas. Hoje a dívida da Santa Casa com a prefeitura está na casa dos R$ 400 mil" disse Pedro Paulo Carvalho.
Segundo o secretário, em duas semanas ele espera concluir o estudo de viabilidades junto com o Sindicato de Cemitérios Particulares para, a partir de agosto começar a elaborar um edital de licitação que será submetido a uma audiência pública e ao Tribunal de Contas do Município (TCM). Carvalho espera abrir a licitação ainda neste segundo semestre de 2013 para a administração dos 13 cemitérios geridos pela Santa Casa.
Segundo o secretário, a Secretaria de Fazenda também vai fazer umas pesquias nos livros contábeis dos cemitérios para verificar possíveis irregularidades nas negociações, como transferência de propriedade de jazidos, e possíveis sonegações fiscais.
"Os jazigos irregulares serão investigados. Temos sensibilidade para analisar caso a caso. Não vamos destruir as sepulturas de uma hora para outra, vamos analisar o caso, conversar com os proprietários, respeitar o luto e as regras de só fazer exumações três anos após os sepultamentos. Se for o caso, trataremos de transferir os jazigos para outro local. Temos de ver que muita gente também foi enganada quando passava por esse momento tão delicado da perda de um parente. Vamos buscar sempre a legalização da situação desse jazigo dentro do cemitério.
Carvalho disse ainda que junto com o Sindicato, está buscando um levantamente aéreo e numérico de todos os jazigos existentes nos cemitérios administrados pela Santa Casa.
"Queremos ter uma noção exata do que existe, para analisarmos o potencial dos cemitérios e vermos se precisamos construir mais cemitérios e crematórios na cidade", disse o secretário.
A Santa Casa declarou que está investigando as denúncias e que não afastou os funcionários mostrados na reportagem em respeito ao direito de defesa. A polícia pede para quem tiver informações sobre venda irregular de jazigos, ligar para o Disque Denúncia pelo telefone 2253-1177 ou diretamente para a Delegacia Fazendária pelo 2332-1682.

Prefeitura do Rio fiscaliza cemitério no bairro do Caju

Prefeitura do Rio fiscaliza cemitério no bairro do Caju

A prefeitura do Rio realizou, nesta terça-feira (09), uma fiscalização no Cemitério São Francisco Xavier, no bairro do Caju, para apurar as denúncias de fraudes nos cemitérios operados pela Santa Casa da Misericórdia do Rio de Janeiro. Os agentes da Secretaria Municipal de Conservação e Serviços Públicos e os da Casa Civil lacraram jazigos e obtiveram os livros de administração do local, que serão encaminhados para o arquivo da cidade e digitalizados. Ontem (8), os fiscais da prefeitura, acompanhados de policiais da Delegacia Fazendária, estiveram no Cemitério São João Batista, na zona sul da cidade, com o mesmo objetivo. Eles também lacraram sepulturas e recolheram livros da administração do cemitério.

O secretário municipal da Casa Civil, Pedro Paulo Carvalho, disse que o trabalho de investigação está sendo realizado desde abril deste ano. Mais de 2.300 intimações foram feitas e quase 400 multas aplicadas aos 13 cemitérios operados pela Santa Casa.

“A partir de 2009 nós fizemos um conjunto enorme de intimações e multas à Santa Casa. Este ano foram mais de 2.300 intimações que vão desde digitalização de livro, melhorar condição do banheiro, melhorar refrigeração de capela, problemas de estrutura, de ‘puxadinhos’, tentativa de construção de jazigos ilegais. Algumas intimações produzem multa, mas no caso da Santa Casa as multas já não produzem resultado, porque a Santa Casa não tem mais condições de operar os cemitérios”, ressaltou o secretário.

Data de Publicação:  10/7/2013    Fonte: http://www.diariodepernambuco.com.br/