sábado, 25 de maio de 2013

Finados Tem que Ser Todo Dia


Homenagear os mortos parece ser uma prática universal, uma maneira de reverenciar e lembrar os entes queridos e, de certa forma, é uma re-confirmação de nossa condição de mortal. No México esse dia é lembrado com festas e muitas comemorações, em outras culturas, embora a comemoração seja diferente, é também um dia de lembranças e de visitação aos jazigos.

Quem trabalha no setor de cemitérios e funerárias sabe que esse é um dia de visitação em massa e, portanto, há uma grande movimentação para este evento. A atenção com a manutenção adequada dos espaços, a limpeza, abastecimento da floricultura, lanchonete e conservação dos jazigos é fundamental. Equipes são contratadas e disponibilizadas para que os visitantes tenham todo o conforto e a segurança neste dia. Há os que se preocupam também em planejar ações diversas, criativas e por vezes até inusitadas para os visitantes. Além da preocupação em receber bem os visitantes, não se pode negar a importância comercial deste evento e o interesse dos cemitérios na venda de planos funerários, jazigos, cremações e no consumo geral de outros produtos.O foco comercial desta data é incontestável, assim como as medidas tomadas para a melhor recepção dos visitantes.

Contudo, pela nossa experiência de trabalho com os enlutados e pela prática de acompanhar de perto as visitações desse dia, temos visto que a melhor condição para venda de um plano funerários ou jazigos não é o Dia de Finados em si, mas é o atendimento que a família recebe quando usa os serviços dos cemitérios tanto em ocasiões de sepultamento quanto em visitas ocasionais.

Vimos que a grande movimentação de pessoas nesse dia muitas vezes dificulta a expressão de luto de alguns familiares como também faz com que para alguns a passagem por ali seja um simples ato social e cultural bem diferente de quando a data comemorativa tem um registro na história da família com o ente falecido.

Alguns cemitérios realizam ações grandiosas no dia de Finados, e que sejam todas bem vindas, mas infelizmente não sustentam sua prática de bem servir no dia a dia. Essa tem sido nossa maior preocupação, como profissionais que acompanham esses segmentos, e que têm como compromisso levar os conhecimentos do processo de luto a fim de garantir a melhor qualidade de atendimento possível às famílias.

A Importância da Filosofia da Empresa

Ao utilizarem os serviços de uma empresa, os clientes percebem, intuitivamente, qual a importância dada a eles enquanto clientes, quanto esta empresa investe no bom atendimento e quais as condições em que isto se efetiva. Isto acontece porque a qualidade do atendimento transparece naqueles que atendem, na forma como se propõem a resolver os problemas que surgem, bem como na atenção que dispensam às demandas dos clientes.

Pode parecer irrelevante ou secundário, mas a filosofia da empresa fala mais alto por meio de suas ações cotidianas, do que por meio de eventos esporádicos, por este motivo, ressaltamos que a preocupação com o cliente deve ser meta constante dos cemitérios e crematórios, refletindo tanto àqueles que visitam o lugar apenas em Finados quanto àqueles que visitam seus entes mesmo fora desta data.

Um certo olhar sobre esse aspecto da filosofia da empresa – o que essa empresa prega como ideal a ser atingido no serviço prestado aos seus clientes? - pode ser o diferencial que vá fazer com que seu empreendimento ganhe força e sustentação no mercado.

Assim todo dia deverá ser como o dia de finados




Fonte: Ana Lúcia Naletto e Lélia Faleiros Oliveira são psicólogas do Centro Maiêutica e desenvolvem trabalhos na área de luto em cemitérios, crematórios e funerárias.www.centromaieutica.com.br

Algumas Competências Necessárias Para Aqueles Que Trabalham Com o Luto



Trabalhar diretamente com a morte é entrar em contato, todos os dias - em cada cena de sepultamento, de velório, de visitas dos familiares enlutados - com a própria vulnerabilidade em relação a esses acontecimentos e sentimentos. Em razão disto temos enfatizado a necessidade de qualificar os funcionários que atuam em cemitérios, velórios e funerárias para o trato diário com os enlutados que estão sob forte impacto da dor da perda e, por vezes, completamente desorientados.

É importante destacarmos que o primeiro passo antes do treinamento dos funcionários é o levantamento das possibilidades e das competências que cada um apresenta para o trabalho. Isto acontece porque as características pessoais, que chamaremos aqui de competências, interferem no trabalho seja para torná-lo ainda melhor, seja para dificultá-lo.

Quais seriam as competências necessárias às pessoas que trabalham no segmento funerário e em cemitérios?

• Gostar de Lidar com Pessoas 
Consideramos essencial que o funcionário deste segmento tenha disponibilidade interna de se relacionar e que goste de lidar com pessoas porque o atendimento às famílias é continuo. Além disto, os funcionários estarão lidando com o ser humano em seu pior estado de fragilidade emocional. Um pessoa em sofrimento tende a dar o pior de si, a agredir ou mesmo tornar-se apática a tudo. Temos relatos de funcionários que atenderam enlutados muito nervosos, pessoas agressivas e que, provavelmente estavam sob forte impacto da dor da perda.

• Ter estratégias para Lidar com Situações Imprevisíveis
Além de gostar de lidar com pessoas, quem atua neste segmento sabe que o dia-a-dia de um cemitério ou funerária nunca é rotineiro. Ao lidar com as pessoas que perderam entes queridos, muitas coisas imprevisíveis acontecem porque cada indivíduo reage de uma forma à morte. As formas que os enlutados encontram para expressar seu luto são as mais diversas possíveis. Assim, é importante que o funcionário possa reconhecer as diferenças na expressão do luto, para poder flexibilizar suas ações, ajudando os familiares. Um bom exemplo desta situação é um fato verídico de um pai que pede, na hora do sepultamento, que coloquem uma lanterna acessa no caixão do filho, porque o mesmo tinha medo de escuro. Embora este pedido parecesse estranho, o sepultador diz: "Senhor, não posso abrir o caixão, mas podemos colocar a lanterna acesa dentro da laje, assim, todo o espaço interno vai ficar iluminado."

Até hoje, o pai se lembra da forma como foi acolhido pelo sepultador, em sua solicitação. Por isso é essencial que os funcionários tenham flexibilidade e estratégias para lidar com imprevistos.

• Ter Disponibilidade Interna para Servir
O principal papel dos funcionários de funerárias, cemitérios e velórios é servir. Independentemente do setor que ele atue, seu princípio básico deve ser o de servir às pessoas. Os enlutados em geral estão muito vulneráveis e desorientados no momento do velório e sepultamento. Mesmo depois, durante as visitas ao cemitério, a carga emocional é tão intensa que eles podem ficar desorientados novamente. Por isso é de extrema necessidade que os funcionários estejam prontos a orientar, a oferecer ajuda, a observar o comportamento dos enlutados e antecipar suas necessidades sem nem mesmo esperar para ser solicitado.

Para os enlutados, todo tipo de ajuda é importante, seja para ajudá-lo a encontrar um jazigo, seja para carregar uns vasos pesados, seja para explicar onde fica a saída, o banheiro ou buscar um copo de água para alguém mais necessitado.

• Conhecer o Processo De Luto
Todo profissional, independentemente da área em que atua, precisa conhecer bem o segmento em que trabalha. Se uma pessoa atua na área de aviação deve entender bastante das rotas, de tipos de aviões, do tipo de público que utiliza este serviço, dentre outras coisas. Assim também, as equipes que atuam em cemitérios e funerárias devem conhecer bem as características do seu trabalho não só nos aspectos físicos como tipos de coroas, caixões, documentos necessários para sepultar, exumação, etc. Devem ainda ampliar seu conhecimento para compreender como estão as pessoas que procuram este tipo de serviço. Neste sentido defendemos a necessidade dos funcionários conhecerem o processo de luto e suas fases, seu significado na vida do individuo e as atitudes que favorecem um bom processo de desligamento.

• Saber Ouvir as Pessoas 
Esta é uma competência que precisa ser lapidada pois há um equívoco grande entre escutar e ouvir. Escutar é apenas deixar com que as palavras entrem no ouvido da forma como elas vieram da boca da outra pessoa. Ouvir o outro vai além de escutar, é tentar compreender as intenções da pessoa que está falando. Por exemplo: se um enlutado procura a administração, reclamando que seu jazigo não está sendo limpo regularmente. Neste caso, ele pode realmente estar fazendo uma queixa pertinente, pois está faltando limpeza no local. Contudo o que ele pode estar dizendo que tudo que é feito em relação ao jazigo do ente que perdeu, é pouco porque esta pessoa era importante demais.

Em outros casos, basta somente ouvir com atenção um desabafo, uma história sobre o falecido. O fato é que um funcionário deve estar disposto a "ouvir".

Esperamos mais uma vez, poder ter trazido para o segmento novas contribuições no que diz respeito à capacitação dos funcionários para a realização de um serviço cada vez mais humanizado e ético nas funerárias, cemitérios e velórios.


Fonte: Ana Lúcia Naletto e Lélia Faleiros Oliveira são psicólogas do Centro Maiêutica e desenvolvem trabalhos na área de luto em cemitérios, crematórios e funerárias.www.centromaieutica.com.br

Conhecer o Processo de Luto



Conhecer o Processo de Luto - Importante Ferramenta para o Profissional do Setor Funerário


No texto anterior falamos sobre algumas competências necessárias para aqueles que trabalham com o luto. Partimos do pressuposto de que as competências exigidas já delimitam, de certa forma, a especificidade do profissional desse setor. O segmento de cemitérios e funerárias parece não ter o devido reconhecido no mercado empresarial porque lida com a morte, assunto que nossa cultura tenta evitar. Desta crença equivocadamente, se imagina que qualquer pessoa pode trabalhar no setor, não sendo necessário especialização ou investimento de formação profissional.

Trabalhar com a Morte Requer Profissionalização:
O trabalho com a morte requer especialização e investimento, afinal nós não trabalhamos somente para a pessoa falecida, mas também para aqueles que se despedem dela e precisam de excelência no atendimento.

Na enquête feita pelo site FOL sobre as competências para lidar com a morte, pouca gente (5,34%) apontou o conhecimento do processo de luto como uma competência necessária para os profissionais do setor.

Gostaríamos de fazer algumas considerações sobre esse resultado.
A primeira delas é de que o próprio segmento pode não estar reconhecendo a necessidade de se profissionalizar. Neste sentido, profissionalizar significa ampliar o conhecimento sobre o campo de trabalho.

Outra consideração importante é quanto à idéia de que o conhecimento do luto é exclusivo da área da psicologia e, portanto, não poderá trazer contribuições para a atuação dos funcionários de cemitérios e funerárias. Temos acompanhado de perto o diferencial de um atendimento feito por uma equipe qualificada, ou seja, que teve formação no estudo do luto e pôde se apropriar de alguns conhecimentos necessários para lidar melhor com as famílias enlutadas.

Por que Entender Sobre Processo de Luto?
Compreender as manifestações de um processo de luto, principalmente nos estágios iniciais, ajuda muito no trabalho e no contato com os familiares enlutados para poder atendê-los em suas necessidades, uma vez que se encontram num estado emocional atípico e que tem características próprias.

Vejamos algumas características deste processo:

• Sensação de entorpecimento
Ao receber a notícia da morte, o enlutado entra num estado que chamamos de entorpecimento, ou seja, parece que a realidade e o sonho se misturam. Ele pode ficar assim por algumas horas ou até mesmo por alguns dias. Este estado de entorpecimento dificulta o enlutado pensar objetivamente, tomar decisões e resolver coisas, mesmo que sejam coisas simples.

Assim, já temos elementos para pensar que a abordagem dos profissionais de cemitérios e funerárias, deva ser diferenciada neste momento:

-em primeiro lugar o profissional, sabendo deste estado do enlutado deve orientá-lo de que precisarão tomar decisões objetivas e ver se ele mesmo quer fazê-lo ou se elege alguém da família que esteja em melhor condição.
- o profissional deve também ser claro, objetivo, repetitivo em algumas formalizações e muito paciente para explicar os procedimentos, pois a compreensão e o raciocínio do enlutado estão prejudicados neste momento.

• Sentimentos de desamparo 
A sensação de desamparo é algo muito forte no enlutado, de forma que as atitudes externas podem ampará-lo ou não. Se o funcionário que o atende for ético e sensível poderá ajudá-lo a buscar clareza nas decisões, dando mais orientações. Contudo o que vemos é que alguns profissionais se aproveitam deste estado de fragilidade para oferecer produtos e serviços desnecessários, priorizando interesses comerciais e não humanos.

• Raiva
O sentimento de tristeza do enlutado é reconhecido por todos, mas a raiva nem sempre é aceita pelo meio. Em geral, o enlutado pode vir a sentir muita raiva da vida, das pessoas, de Deus, dos médicos, do mundo. Estes sentimentos de raiva são intensos e refletem a incompreensão diante da morte. Não é raro que eles direcionem esta raiva também aos profissionais do cemitério ou funerária.

Neste caso, o profissional deve compreender que a raiva não é uma manifestação pessoal contra ele e ter o máximo de paciência e auto-controle no contato com o enlutado. Realmente não é fácil, mas é necessário.

• Emoções fortes
Um turbilhão de sensações e emoções invade o enlutado. O sofrimento psicológico parece colocá-lo numa forte agitação física ou num estágio quase letárgico. Fortes crises de choro e comportamentos incontidos podem aparecer neste momento. A intensidade das emoções pode desorientar a pessoa a tal ponto que esta apresente dificuldades para se localizar no tempo e no espaço. Desta forma, o profissional do setor funerário deve orientar as famílias enlutadas com relação à organização do cerimonial, espaços físicos do cemitério (banheiro, lanchonete, etc) e horários, funcionando como agente organizador num momento em que a desorganização pessoal é intensa. As manifestações acima descritas, fazem parte do inicio do processo de luto.

A dor da perca é parte do processo de luto, sendo necessária para que ele se efetive. È importante destacar que não cabe ao profissional do segmento de cemitérios e funerárias, aplacar ou tentar tirar a dor do luto. O importante é que se crie um campo adequado para que a dor do enlutado seja vivida de forma a não ser agravada ainda mais por fatores externos e por um atendimento inadequado.

Fonte: Ana Lúcia Naletto e Lélia Faleiros Oliveira são psicólogas do Centro Maiêutica e desenvolvem trabalhos na área de luto em cemitérios, crematórios e funerárias.www.centromaieutica.com.br

sexta-feira, 24 de maio de 2013

Ética Empresarial: Discernimento e Criticidade no Posicionamento do RH



Abordar o tema Ética é sempre bastante polêmico e abrangente, bem como analisar as alternativas utilizadas pelas organizações para colocar em prática a questão ética no seu meio produtivo. Sabe-se que a Ética em si é algo que pode ser provocado, mas nunca imposto. Ser ético e agir eticamente depende de todo um contexto sociocultural no qual o indivíduo está inserido. Muitas vezes o que uns consideram ético, necessariamente não o é para outros.

Em meio a valores e princípios individuais, a organização se depara com a dificuldade de engajar seus funcionários na percepção ética da missão e visão a serem alcançados. Claro se faz neste momento, que o funcionário somente será inteiramente comprometido com a empresa, se a questão ética proposta for sólida e transparente. Ninguém com princípios definidos, consegue agir comprometidamente em uma empresa que sobrevive de "fachada". A Ética somente pode ser provocada no meio organizacional se de fato fizer parte da crença e valores da empresa.

No entanto, para isso, faz-se necessário instigar o pensamento crítico com relação às empresas que propõem códigos de conduta, ou que se mostram no mercado como sendo socialmente responsáveis. Tem-se, muitas vezes, a concepção de código de conduta como sendo uma série de regrinhas que precisam ser seguidas rigidamente; contudo, quando essas regrinhas somente são comunicadas, sem um trabalho de elaboração conjunto com todos os interessados, não podem ser consideradas. O ser humano só pode ser ético por convicção e não por coerção. Agir por ordem superior, por imposição e até mesmo temor, não torna as pessoas éticas.

A responsabilidade social também é um assunto questionável. Com a exigência cada vez mais acirrada de um mercado totalmente globalizado e em constante avanço tecnológico, as empresas veem na responsabilidade social um trunfo para garantir sua posição em destaque. Isto porque, na maioria das vezes, a responsabilidade social surge nas empresas devido a cobrança do governo, meios de comunicação, concorrência, abatimento nos impostos, e não por se acreditar que uma ação voltada ao bem comum seja possível.

Realmente explorar o assunto ética é muito vultoso e envolve várias vertentes de pesquisa. No entanto, procuramos enfatizar uma delas, em que trazemos a tona o posicionamento crítico e coerente do RH como um possível facilitador do desenvolvimento da ética no meio organizacional. Ética esta que se preocupa com as pessoas e com o meio em que estão inseridas. Ética que transcende noções de filantropia e falsos moralismos, e que realmente se compromete com as problemáticas a serem trabalhadas, melhoradas e até mesmo sanadas.

Sabe-se que tudo se relaciona às pessoas, e levá-las em consideração é uma ótima solução a ser desenvolvida pelo RH estratégico. Uma gestão participativa, que priorize as competências de seus funcionários, impulsiona o agir ético e o comprometimento com as metas a serem alcançadas. Como diz o administrador Francisco Gomes de Matos, "sem participação não há responsabilidade". O RH deve trabalhar a conscientização dos dirigentes, quanto a importância da valorização humana.

E finalizando, defendemos que esta valorização pode ser constantemente desenvolvida através do processo de Educação Continuada, em que o ser humano, através da troca e assimilação de conhecimento, favorece sua capacidade de intervenção e participação no processo decisório da empresa. Através da gestão do conhecimento torna-se cada vez mais influente e capacitado a liderar e auxiliar na preparação de outros líderes.

Kety Cristina Boralli Biscalchin
Assistente social do Grupo Unidas / Piracicaba
Especialista em Serviço Social Organizacional e Gestão de Recursos Humanos.

Texto de Max Gehringer


Durante minha vida profissional, eu topei com algumas figuras cujo sucesso surpreende muita gente. Figuras sem um vistoso currículo acadêmico, sem um grande diferencial técnico, sem muito networking ou marketing pessoal - Figuras como o Raul.

Eu conheço o Raul desde os tempos da faculdade. Na época, nós tínhamos um colega de classe, o Pena, que era um gênio.

Na hora de fazer um trabalho em grupo, todos nós queríamos cair no grupo do Pena, porque o Pena fazia tudo sozinho. Ele escolhia o tema, pesquisava os livros, redigia muito bem e ainda desenhava a capa do trabalho - com tinta nanquim. Já o Raul nem dava palpite.

Ficava ali num canto, dizendo que seu papel no grupo era um só, apoiar o Pena. Qualquer coisa que o Pena precisasse, o Raul já estava providenciando, antes que o Pena concluísse a frase. Deu no que deu.

O Pena se formou em primeiro lugar na nossa turma. E o resto de nós passou meio na carona do Pena - que, além de nos dar uma colher de chá nos trabalhos, ainda permitia que a gente colasse dele nas provas. No dia da formatura, o diretor da escola chamou o Pena de 'paradigma do estudante que enobrece esta instituição de ensino'. E o Raul ali, na terceira fila,só aplaudindo.

Dez anos depois, o Pena era a estrela da área de planejamento de uma multinacional. Brilhante como sempre, ele fazia admiráveis projeções estratégicas de cinco e dez anos. E quem era o chefe do Pena? O Raul. E como é que o Raul tinha conseguido chegar àquela posição? Ninguém na empresa sabia explicar direito. O Raul vivia repetindo que tinha subordinados melhores do que ele, e ninguém ali parecia discordar de tal afirmação. Além disso, o Raul continuava a fazer o que fazia na escola, ele apoiava.

Alguém tinha um problema? Era só falar com o Raul que o Raul dava um jeito.

Meu último contato com o Raul foi há um ano. Ele havia sido
transferido para Miami, onde fica a sede da empresa. Quando conversou comigo, o Raul disse que havia ficado surpreso com o convite.

Porque, ali na matriz, o mais burrinho já tinha sido astronauta. E eu perguntei ao Raul qual era a função dele. Pergunta inócua, porque eu já sabia a resposta. O Raul apoiava direcionava daqui, facilitava dali, essas coisas que, na teoria, ninguém precisaria mandar um brasileiro até Miami
para fazer.

Foi quando, num evento em São Paulo, eu conheci o Vice-presidente de recursos humanos da empresa do Raul. E ele me contou que o Raul tinha uma habilidade de valor inestimável: “ele entendia de gente”.

Entendia tanto que não se preocupava em ficar à sombra dos próprios subordinados para fazer com que eles se sentissem melhor, e fossem mais produtivos. E, para me explicar o Raul, o vice-presidente citou Samuel Butler, que eu não sei ao certo quem foi, mas que tem uma frase ótima:

“Qualquer tolo pode pintar um quadro, mas só um gênio consegue vendê-lo”.

Essa era a habilidade aparentemente simples que o Raul tinha, de facilitar as relações entre as pessoas. Perto do Raul, todo comprador normal se sentia um expert, e todo pintor comum, um gênio..”Há grandes Homens que fazem com que todos se sintam pequenos. Mas, o verdadeiro Grande Homem é aquele que faz com que todos se sintam Grandes”

Este texto ilustra muito bem, o que nós assistentes sociais, procuramos desenvolver cotidianamente nas empresas em que atuamos “a dignificação do ser humano”.

Nos dias atuais, em que pouco se tem tempo para ouvir, observar, incentivar o outro, nós procuramos manter este elo entre o mundo um tanto egoísta em que estamos inseridos e as pessoas que fazem parte dele, com suas angústias, seus medos, suas inseguranças, mas também, com suas competências, suas habilidades, seus sentimentos que tanto somatizam se devidamente reconhecidos e valorizados.

Nosso objetivo como profissionais sociais é manter um atendimento que enalteça a figura do ser humano como pessoa que é, digna de respeito e de atenção. E certamente essa atitude faz uma enorme diferença!

Pode parecer um tanto utópico analisando a atual estrutura mercadológica apresentada às organizações mas, almejamos um dia, poder alcançar o desenvolvimento dos nossos funcionários, através de um RH, ou um sistema de administração, que muito mais que engajado às políticas de gestão eficazes, se comprometa com esses funcionários, concebendo-os simplesmente como seres humanos, que merecem respeito, dignidade, e reconhecimento.

Acreditamos que se as empresas se propusessem a trabalhar o conceito de “bem comum”, e esta idéia fosse realmente desenvolvida e incorporada por todos, muitos treinamentos, indicadores de resultados, planos individuais de desenvolvimento, poderiam ser abolidos.


Fonte:
Kety Cristina Boralli Biscalchin
Assistente social da Funerária GrupoUnidas de Piracicaba/SP 

quarta-feira, 22 de maio de 2013

TANATOPRAXIA



 é uma técnica que permite que o corpo se conserve preservado por mais tempo, possibilitando um velório tranqüilo. Aliada a outras técnicas, como a Necromaquiagem e a Reconstituição Facial, imprime uma aparência natural ao corpo, o que conforta à família e amigos.

Objetivos:
Apresentar noções de Anatomia Humana e de Dissecação; orientação para o uso de técnicas de injeção arterial e de drenagem, visando o retardamento do processo biológico de decomposição prevenindo o extravasamento de líquidos, odores e alterações anatômicas.

Programa:
• Anatomia dos Sistemas Esquelético, Muscular, Respiratório e Digestório;
• Anatomia dos Sistemas Circulatório e Nervoso;
• Dissecação das artérias e veias existentes nas regiões mais utilizadas para a
   injeção e a drenagem;
• Prática de Tanatopraxia, em cadáveres humanos.

Próxima turma:14 a 18 de Agosto de 2013 - SOROCABA-SP

INSCREVA-SE JÁ:

Número de vagas para esta turma: 10


Informações: (14) 3882-0595

sexta-feira, 17 de maio de 2013

Marketing Pessoal Ajuda a Determinar o Sucesso na Carreira





Para ter sucesso na carreira, os profissionais precisam desenvolver marcas pessoais que o diferenciem da multidão de concorrentes igualmente capacitados. Independentemente de ter sido alvo dos muitos cortes de pessoal realizados nos últimos meses, ou não, o gestor de TI que quiser garantir a segurança de sua carreira deve avaliar como está construindo sua própria imagem no mercado.

A maioria das pessoas, no entanto, está muito ocupada trabalhando e não tem tempo de pensar na reestruturação de suas marcas. Por isso, seguem aqui algumas perguntas que, ao serem respondidas, permitem a identificação dos pontos fracos nas ações de marketing pessoal. São elas:

• Você pode explicar, em poucas linhas, quais são os aspectos que o diferenciam dos outros?
• Se alguém fizer uma busca na internet com o seu nome, encontrará quais tipos de conteúdo?
• Você pode definir qual é seu público-alvo e as estratégias para conquistá-los?
• Seu visual é condizente com a mensagem que deseja passar por meio de sua marca pessoal?

Se a resposta foi “não” para alguma dessas questões, isso representa um sinal de que seu marketing pessoal não é muito eficiente. No entanto, existem algumas dicas que podem ajudar a virar esse jogo:

• Mantenha o foco: defina-se da maneira mais específica possível, pois essa é a única forma de se manter na memória das pessoas. Esqueça o erro de mandar um currículo, por exemplo, e descrever-se como “profissional capacitado, espírito de liderança, comportamento colaborativo”. Todos fazem essa mesma coisa e, consequentemente, caem no esquecimento dos recrutadores.

• Diferencie-se: identifique em que aspectos você é diferente dos outros e exponha essa característica no currículo ou em entrevista de emprego. Mostre-se único.

• Avalie sua marca pessoal: assim como fabricantes analisam a aceitação, relevância e atualização dos produtos lançados, você deve se comparar aos concorrentes de tempos em tempos para identificar quais seus pontos fracos e fortes.


Catherine Kaputa é fundadora da SelfBrand LLC, consultoria especializada em marketing pessoal


Fonte: http://cio.uol.com.br/carreira/

Ética Empresarial: Discernimento e Criticidade no Posicionamento do RH



Abordar o tema Ética é sempre bastante polêmico e abrangente, bem como analisar as alternativas utilizadas pelas organizações para colocar em prática a questão ética no seu meio produtivo. Sabe-se que a Ética em si é algo que pode ser provocado, mas nunca imposto. Ser ético e agir eticamente depende de todo um contexto sociocultural no qual o indivíduo está inserido. Muitas vezes o que uns consideram ético, necessariamente não o é para outros.

Em meio a valores e princípios individuais, a organização se depara com a dificuldade de engajar seus funcionários na percepção ética da missão e visão a serem alcançados. Claro se faz neste momento, que o funcionário somente será inteiramente comprometido com a empresa, se a questão ética proposta for sólida e transparente. Ninguém com princípios definidos, consegue agir comprometidamente em uma empresa que sobrevive de "fachada". A Ética somente pode ser provocada no meio organizacional se de fato fizer parte da crença e valores da empresa.

No entanto, para isso, faz-se necessário instigar o pensamento crítico com relação às empresas que propõem códigos de conduta, ou que se mostram no mercado como sendo socialmente responsáveis. Tem-se, muitas vezes, a concepção de código de conduta como sendo uma série de regrinhas que precisam ser seguidas rigidamente; contudo, quando essas regrinhas somente são comunicadas, sem um trabalho de elaboração conjunto com todos os interessados, não podem ser consideradas. O ser humano só pode ser ético por convicção e não por coerção. Agir por ordem superior, por imposição e até mesmo temor, não torna as pessoas éticas.

A responsabilidade social também é um assunto questionável. Com a exigência cada vez mais acirrada de um mercado totalmente globalizado e em constante avanço tecnológico, as empresas veem na responsabilidade social um trunfo para garantir sua posição em destaque. Isto porque, na maioria das vezes, a responsabilidade social surge nas empresas devido a cobrança do governo, meios de comunicação, concorrência, abatimento nos impostos, e não por se acreditar que uma ação voltada ao bem comum seja possível.

Realmente explorar o assunto ética é muito vultoso e envolve várias vertentes de pesquisa. No entanto, procuramos enfatizar uma delas, em que trazemos a tona o posicionamento crítico e coerente do RH como um possível facilitador do desenvolvimento da ética no meio organizacional. Ética esta que se preocupa com as pessoas e com o meio em que estão inseridas. Ética que transcende noções de filantropia e falsos moralismos, e que realmente se compromete com as problemáticas a serem trabalhadas, melhoradas e até mesmo sanadas.

Sabe-se que tudo se relaciona às pessoas, e levá-las em consideração é uma ótima solução a ser desenvolvida pelo RH estratégico. Uma gestão participativa, que priorize as competências de seus funcionários, impulsiona o agir ético e o comprometimento com as metas a serem alcançadas. Como diz o administrador Francisco Gomes de Matos, "sem participação não há responsabilidade". O RH deve trabalhar a conscientização dos dirigentes, quanto a importância da valorização humana.

E finalizando, defendemos que esta valorização pode ser constantemente desenvolvida através do processo de Educação Continuada, em que o ser humano, através da troca e assimilação de conhecimento, favorece sua capacidade de intervenção e participação no processo decisório da empresa. Através da gestão do conhecimento torna-se cada vez mais influente e capacitado a liderar e auxiliar na preparação de outros líderes.




Kety Cristina Boralli Biscalchin
Assistente social do Grupo Unidas / Piracicaba
Especialista em Serviço Social Organizacional e Gestão de Recursos Humanos.

A Terapia Familiar

  Família desperta em todos nós lembranças, emoções, saudades, expectativas quase sempre contraditórias, intensas e principalmente inegáveis. Família é algo universal e por enquanto eterno; não foi descoberto outra formação humana capaz de substituí-la.


        As nossas famílias contemporâneas guardam muitas nuances do que se pode caracterizar como modelo burguês de família: patriarcal, autoritário, monogâmico, primando pela privacidade, a domesticidade dos conflitos entre sexo e idade.

        O estudo em torno da entidade familiar nem sempre produz idéias unânimes e harmoniosas. Por vezes suscita polêmicas acirradas.

        A família como toda instituição social, apresenta aspectos positivos, enquanto núcleo afetivo, de apoio e solidariedade. Mas apresenta, ao lado destes, aspectos negativos, com imposição de normas e finalidades rígidas. Torna-se muitas vezes, elementos de coação social, geradora de conflitos e ambigüidades.

        O sistema familiar é um organismo vivo, de equilíbrio próprio, com pessoa interdependentes. Quando se sentem que essa harmonia foi quebrada  de alguma forma é hora de procurar ajuda.

        Essa harmonia é quebrada quando se percebe que há problemas que afetam todos os membros. Isso inclui casos de usos de drogas ou abuso de álcool,  violência em casa, separações, perdas, doenças graves, transtornos alimentares, problemas financeiros, enfim situações que levam a desarmonia num relacionamento familiar.

        Todos esses eventos poderiam ser trabalhados com ajuda de um terapeuta familiar; que inicia o processo avaliando o caso, à princípio de acordo com que a família considera o problema. Durante o processo, o terapeuta tenta identificar quais os comportamentos padrão de cada membro da família, os conflitos entre os membros, o papel de cada um naquele grupo e como os desejos desses se manifesta. Até a disposição física das pessoas  no consultório facilita essa análise: quem senta perto de quem, quem assume o lugar de liderança (a cadeira mais alta, a poltrona mais confortável).

        Existem alguns problemas identificados nos casos de famílias em conflitos, que são clássicos. Alguns deles são o pai autoritário, a mãe omissa e o filho problema. O filho problema, “ a ovelha negra” , é chamado pelos terapeutas de elemento emergente. É aquele que parece ser a raiz de todos os problemas da família, o que detona os conflitos.

        Uma das tarefas da terapia familiar é mostrar que o elemento emergente não é “ culpado” por tudo. Aliás, que ninguém é culpado por nada. O que existe são responsabilidades, não existe culpa porque, na origem daquele comportamento não existe intenção de agredir ou magoar. A pessoa começa  a agir de determinada forma para se defender, e ao longo do tempo, esse comportamento transforma-se padrão.

        A partir do momento em que o terapeuta entende a dinâmica da família, ele começa a interferir para “quebrar” os padrões de comportamentos, para tirar o foco do elemento emergente e, assim, mostrar que cada pessoa promove sentimentos nos outros que não são consciente e que cada um tem seus defeitos e qualidades e não pode ser “crucificado” por isso.

        Assim o terapeuta está trabalhando em prol do principal objetivo da terapia familiar de base psicanalítica, que é apontar os conflitos existentes (ajudando a conviver melhor com eles) e sensibilizar aquelas pessoas procurar ajuda individualmente, para resolver seus próprios conflitos.

        De acordo com a necessidade, procura-se ouvir o maior número possível de integrantes que tenham relação relevante com os pacientes.

        A remissão dos sintomas que motivaram a procura de ajuda, poderá ocorrer ou não. Esses sintomas que aparentemente são a fonte de todo sofrimento, na verdade sempre encobrem os verdadeiros motivos. Ao detectá-los através do insight, a família passa a ter condições de estabelecer e negociar novos padrões de comportamento.

        Em palavras mais simples pode-se dizer que o terapeuta ao atender uma família procura a levá-la a se sentir melhor, diminuir seu sofrimento a partir de novas formas de comunicação e interação mais adequadas ao bem estar de todos.

        Mas não é função da terapia familiar “fuçar” os aspectos mais íntimos de cada um; isso só pode ser feito em terapia individual. Portanto a intimidade de cada membro só será exposta à medida que aquela pessoa permitir e se afetar toda a família.

        As mudanças individuais certamente irão ocorrer ao nível das relações, em primeiro lugar. Questões mais arcaicas e profundas exigem atenção individual, o que poderá ocorrer simultaneamente com a terapia familiar.
         
        Fonte: Renata Daniela Guislene Meschieri
       Assistente Social do Serviço de Luto Paulista de Jaú, Pós Graduanda do Curso de Terapia de Casal e Família  e integrante do GRESSOF – Grupo de Estudo do Serviço Social Funerário

quinta-feira, 9 de maio de 2013

Benefícios da Cremação

Quais os benefícios da cremação ?

Meio Ambiente

A maioria dos cemitérios brasileiros é antiga, por isso sem infra-estrutura de características ecológicas, hidrogeológicas ou topográficas necessárias. A decomposição dos corpos faz com que bactérias e vírus se proliferem no solo e atinjam os lençóis freáticos.

A cremação é a opção que preserva o meio ambiente. Para efetuar a cremação são retiradas as alças dos caixões e metais pesados. A cremação não emite fumaça em seu processo. A tecnologia nos possibilita cremar a 900ºC, queimando e requeimando o ar, que passará por tubulações aprovadas pelos órgãos ambientais e são fiscalizados regularmente. Lembrando que o ar é renovável e a água não.

Falta de Espaço

Vários cemitérios vem passando por um problema de falta de sepulturas. Quem não pode adquirir um jazigo tem que locar uma sepultura. A falta de sepulturas causa um grande constrangimento, pois muitas famílias têm prioridade pela locação de gavetas, e em sua falta, o sepultamento acontece direto na terra, que é o caso da sepultura rasa.

Conforto

Algumas pessoas não se sentem bem em freqüentar um cemitério, pois vivenciam tristeza, dor e sofrimento, além de se depararem com a falta de segurança comum atualmente na maioria dos cemitérios. Na cremação, os familiares podem permanecer no conforto de seus lares, ou optarem por locais que lhes remetem a boas lembranças, sem haver a necessidade de visitarem o cemitério, em datas especiais. Também não precisam ser obrigados a estarem presentes quando é necessário realizar a exumação de um ente querido.

quarta-feira, 1 de maio de 2013

Museu de Taxidermia - História ( Devido a grande procura deste profissional e pelo serviço, publico alguns artigos e contatos sobre Taxidermia )


HISTÓRICO - Os candangos que aqui chegaram na década de 50 para construir Brasília foram contemplados antecipadamente. O fato é que antes mesmo da inauguração da capital, o Zoológico de Brasília foi criado. Sendo, portanto, a primeira instituição ambientalista fundada no Distrito Federal. Inaugurada em 6 de dezembro de 1957.
O então presidente Juscelino Kubitschek recebeu de presente do Embaixador da Índia uma elefanta indiana (Elephas maximus) batizada de “Nely”. A elefanta foi o primeiro anima a deixar suas pegadas pelo Parque do Zoológico. Durante 37 anos foi a principal atração do Zoo, dando óbito em 1994, vítima de uma artrose provocada pela idade avançada. Seu esqueleto foi desenterrado em 1998 e preparado em 2006, tornando assim, símbolo dos 50 anos de fundação do Zoológico de Brasília. Hoje o esqueleto de Nely está exposto no Museu de Taxidermia.
Formação do Acervo - O acervo é constituído por itens / peças conservadas por meio do uso de técnicas de conservação diversificada (taxidermia – artística e cientifica; osteotécnica – partes e/ou completas; conservação em via úmida), e confeccionados em laboratório próprio, onde são utilizados materiais biológicos oriundos da própria instituição zoológica e/ou encaminhados por órgãos fiscalizadores ambientais (IBAMA, Centro de Triagem do IBAMA, Batalhão de Polícia Militar Ambiental do Distrito Federal, Policia Civil do Distrito Federal) que por ventura venham a dar óbito.
MISSÃO- A preocupação com a necessidade de um trabalho educativo que procurasse sensibilizar as pessoas para questões ambientais surgiu em 1972, na Conferência sobre Meio Ambiente Humano, realizado pela Organização das Nações unidas (ONU) em Estocolmo, Suécia. A conferência gerou a “Declaração sobre o Meio Ambiente Humano” e teve como objetivo chamar a atenção dos governos para a adoção de novas políticas ambientais, entre elas um Programa de Educação Ambiental, visando a educar o cidadão para a compreensão e o combate à crise ambiental no mundo para tal destacam-se os princípios básicos da Educação Ambiental, sendo eles:
  • Aplicar um enfoque interdisciplinar, aproveitando o conteúdo específico de cada disciplina, de modo que adquira uma perspectiva global.
  • Considerar o meio ambiente em sua totalidade, ou seja, em todos os seus aspectos naturais e criados pelo homem (tecnológico e social, econômico, político, histórico cultural, moral e estético).
  • Examinar as principais questões ambientais, do ponto de vista local, regional, nacional e internacional, de modo que os educadores se identifiquem com as condições ambientais de outras regiões.
  • Insistir no valor e na necessidade da cooperação local, nacional e internacional para prevenir e resolver problemas ambientais.
  • Ajudar a descobrir os sintomas e causas reais dos problemas ambientais.
Diante das considerações, podemos dizer que, a partir de um enfoque crítico, a Educação Ambiental poderá contribuir para a formação de cidadãos conscientes, aptos para atuação sócia ambiental comprometida coma avida e com o bem-estar social, tendo como finalidade:
  • Compreender a existência e a importância da interdependência econômica, social, política e ecológica nas zonas urbanas e rurais.
  • Proporcionar às pessoas a possibilidade de adquirir conhecimentos de valores aplicáveis à proteção e melhoraria do meio ambiente.
  • Induzir novas formas de conduta nos indivíduos e nos grupos sociais a respeito de procedimentos quando se tratar do meio ambiente.
Ainda que pareça óbvio, é nos princípios educacionais que está o “ponto de partida” da compreensão da problemática. Faz se necessário o envolvimento da sociedade, para que esta perceba importância do diálogo como forma de estabelecer princípios com fundamentos educativos e jurídicos, ambos, voltados para a conservação e preservação da fauna e flora.
A educação ambiental aparece como forma objetiva de gerar resultado imediato, principalmente para mudanças de conceitos e valores em relação ao ambiente em que se vive. Através dela, é possível provar que um indivíduo pode, mesmo que isoladamente, contribuir de forma significativa para a preservação do meio, levando em conta que a problemática ambiental não atinge lugares de forma pontual, e sim, afeta a coletividade. Por essa e outras razões, o modelo informal de educação se revela como ação de suma importância para reverter o processo de degradação do meio ambiente.
Neste sentido, determina quais as responsabilidades do poder público e da sociedade na busca da preservação e da mudança de hábitos. A Lei 9.795/1999 institui a Política Nacional de Educação Ambiental. Em seu artigo 1º, define qual é o entendimento do termo educação ambiental. No artigo 2º, descreve sobre as modalidades de educação formal e não formal.
OBJETIVOS:
  • Promover, através de uma ação descentralizada, uma atuação democrática do Museu.
  • Sensibilizar a população para questões relacionadas à preservação do patrimônio cultural, elemento essencial ao fortalecimento de sua identidade e cidadania.
  • Despertar na população o interesse em conhecer e reconhecer a sua cidade, assim como desenvolver uma consciência crítica de sua historia e preservação.
  • Facilitar o acesso da população aos bens culturais, através da divulgação.
  • Democratização do “saber” cultural referente à história preservacionista, proporcionando um referencial para as questões da atualidade.
  • Participação de parcelas da população menos assistidas (como deficientes físicos, alunos da rede pública) nos programas preservacionistas.
  • Desenvolvimento de atividades culturais que promovam o conhecimento, a criatividade e a consciência crítica de seus participantes.
  • Valorização da cultura.
  • Mudança do perfil da instituição museológica, tornando-a prestadora de serviços à população.
CARACTERÍSTICAS DO MUSEU DE TAXIDERMIA
Área do museu:
Total: 179 m2
Edificada: 108,68 m2
Livre: 70,32 m2
Outros Núcleos:
Laboratório de Restauração e Taxidermia: 35 m2
Reserva Técnica: 6,75 m2
Espaço para atividades Museológicas / Museográficas: 76 m2
Da Equipe do Museu de Taxidermia:
Diretor de Museologia – Paulo Franco – Biólogo
Agente de Conservação e Pesquisa – Vinícius Pereira – Biólogo
Agente de Conservação e Pesquisa – Juliana Ribeiro – Artista Plástica
Monitor – Alexandre Barbosa – Médico Veterinário / Taxidermista