Um aspecto importante sobre o tema, segundo a psicóloga, é a questão das
fantasias que a criança faz a respeito da morte. Todo indivíduo - a partir da
ciência e ou de crenças religiosas -, tem uma maneira particular de compreender,
com maior ou menor dificuldade, o que leva uma pessoa à morte. A criança,
autocentrada, tem a tendência a acreditar que tudo o que acontece gira ao seu
redor. Assim, acredita que, de alguma forma, os sentimentos negativos que possa
ter tido com relação a seu parente próximo em dado momento pode tê-lo
aniquilado, ou ainda, que ela não teria se comportado da forma que deveria,
causando-lhe a morte.
"Fantasia infantil bastante comum é a de que o parente vai voltar um dia",
cita Fernanda. Segundo ela, a criança pequena não tem noção de finitude, trazida
pela realidade. Para ela, a vida é regida segundo o princípio do prazer. Assim,
torna-se difícil para a criança compreender que uma situação de morte de um ente
querido seja definitiva. A psicóloga faz um alerta: ?Ainda que a realidade tenha
sido imposta à criança cedo demais, pode ser muito perigoso deixá-la acreditar
que seu parente irá retornar para a vida. Estas crenças, se não forem
devidamente esclarecidas, podem trazer sérios prejuízos ao desenvolvimento
emocional da criança.? Para abordar o assunto - recomenda a psicóloga -, os pais
podem utilizar filmes infantis, clássicos como Bambi, O Rei Leão, ambos da
Disney, ou Em Busca do Vale Encantado. ?Os livros de histórias infantis também
falam da morte de várias maneiras e há, inclusive, algumas obras dirigidas
especificamente para estes momentos. A própria brincadeira não dirigida, com
bonecos que formem uma família, costuma dar a chance da criança se expressar a
este respeito?, detalha Fernanda.
Informações fornecidas pelo Bebe 2.000
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