De acordo com a psicóloga carioca Fernanda Roche, a morte deve ser comunicada
pelos pais à criança em conversas despretensiosas. ?Costumo orientar os pais
para que introduzam o tema nas conversas com a criança, antes mesmo que aconteça
algum falecimento na própria família?, afirma a psicóloga, salientando que, se
for cronologicamente possível, o tema deve aparecer em conversas sobre animais,
flores ou pessoas. ?A criança deve ser esclarecida, nos limites da sua
curiosidade?, salienta.
Muitas vezes a criança surpreende os pais ou familiares, trazendo o assunto
da morte. Nesse momento muitos pais desconversam, tentando ganhar algum tempo
para procurar saber o que responder ou como fazê-lo. É neste instante que o tema
se transforma num tabu. ?A criança percebe que o adulto teve dificuldades para
respondê-la e, por medo de desagradar, acaba por desistir de interrogar aquela
pessoa, fechando um canal de comunicação importante?, alerta Fernanda,
acrescentando que a criança vai tirar sua dúvidas com outra pessoa mais
acessível, talvez não tão bem informada ou com uma visão de morte diferente
daquela que os pais gostariam de transmitir.
A criança deve ser informada sobre a morte na medida de sua curiosidade. Não
será necessário explicações longas ou elaboradas, pois o importante é que a
criança possa reconhecer, entre seus familiares, uma fonte segura de informações
para as suas dúvidas. ?É essencial que a criança possa arrumar a morte em sua
cabecinha no lugar adequado", finaliza.
Informações fornecidas pelo Bebe 2.000
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